
Ronco Noturno, traz sérios problemas à saúde!
Uma noite “mal dormida” traz conseqüências desastrosas para o dia seguinte: mal humor, cansaço, dor de cabeça, dificuldade de concentração, sonolência diurna, queda na produtividade de trabalho. Várias noites “mal dormidas” trazem conseqüências desastrosas para a saúde em geral: pode afetar até mesmo o coração e o cérebro.
De 2 a 3% da população adulta sofre com roncos noturnos, que atrapalham o sono. O problema é mais freqüente entre os homens, principalmente os obesos e tende a piorar com o avançar da idade.
Em estágios avançados o ronco torna-se Apnéia Obstrutiva do Sono que pode causar problemas cardíacos, pulmonares e até mesmo cerebrais.
Além dos problemas sobre a saúde de quem ronca, o ronco causa constrangimento social, principalmente entre aqueles que dormem no mesmo quarto e até mesmo entre os que habitam a mesma casa. Estima-se que a intensidade do ronco possa atingir 60 a 80 decibés e chegar até 6 metros da fonte emissora, atrapalhando o sono de quem está no mesmo cômodo e até em outros.
O ronco é o resultado de vários fatores que atuam separadamente ou em conjunto:
- Flacidez das estruturas da faringe (palato mole, úvula, base da língua, músculos faríngeos, amígdalas aumentadas).
- Acúmulo de gordura submucosa faríngea, em obesos.
- Obstrução das vias aéreas superiores (desvio de septo nasal, pólipos nasais, hiperdesenvolvimento de cornetos nasais, rinite alérgica, aumento de adenóides, sinusites)
O ronco em crianças pode ser devido a obstrução das vias aéreas superiores, geralmente causando uma respiração bucal, cujos fatores implicados são aumento de adenóides e amígdalas, aumento das estruturas nasais no caso de rinites alérgicas e sinusite.
Todos esses fatores agindo isoladamente ou combinados, vão obstruir a via aérea superior durante o sono, que por sua vez é o momento de relaxamento, favorecendo a flacidez das estruturas faríngeas provocando o ronco.
O diagnóstico é feito pelo Médico Otorrinolaringologista que determinará os fatores de obstrução respiratória de cada caso, através do exame físico, vídeonasolaringoscopia com fibra ótica e exames mais sofisticados como a polissonografia.
Medidas como perda de peso, dieta isenta e álcool e gordura em excesso, baixa ingesta de líquidos à noite, posição lateral para dormir e elevação da cabeceira da cama, ajudam bastante mas não resolvem o problema definitivamente.
A cirurgia, Uvulopalatofaringoplastia, quando bem indicada, traz resultados positivos, principalmente quando aliada às medidas de mudança no estilo de vida, tratamento da alergia respiratória, obesidade, quando presentes.
Terapêutica modernas, como o CPAP, melhoram a qualidade de vida do paciente e evita complicações cardiovasculares e neurológicas pela falta de oxigenação.
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