domingo, 7 de março de 2010

RINITE ALÉRGICA


Tema de grande importância no âmbito mundial, já que 1/5 da população do planeta e mais especificamente cerca de 20 milhões de brasileiros, sofrem de certo grau desta doença.
Nos últimos anos, inúmeros pesquisadores estão dedicando-se em conhecer mais sobre esta doença, a fim de proporcionar tratamentos ainda mais eficazes. É de se salientar que a Rinite Alérgica é uma doença crônica, onde o melhor tratamento é o que visa o seu controle e prevenção.
No Brasil a Rinite Alérgica está presente o ano todo, denominada de forma Perene, enquanto na América do Norte e Europa predomina a forma Sazonal, onde a Rinite apresenta-se principalmente em determinadas estações do ano.
Os sintomas principais são a coriza, a coceira nasal (prurido), nariz entupido (obstrução nasal), crises de tosse e espirros como principais aliados. Tem íntima relação com a predisposição familiar, meio ambiente e forma de vida do indivíduo, apresentando como causa específica a presença de alergenos, destacando a poeira domiciliar, o ácaro, o fungo, pêlo de animais como o gato e cão e pólens em algumas regiões.

Tratamento e prevenção

O melhor tratamento é sempre o mais eficaz, o mais inócuo (menos efeito colateral) e o de menor custo, portanto o melhor tratamento é a Prevenção, destacando-se o Controle Ambiental.
O controle ambiental tem como objetivo eliminar a exposição aos alergenos inalantes. O domicílio, local de trabalho e escola são, na maioria das vezes os locais onde encontram-se os desencadeantes da Rinite Alérgica. São várias as recomendações a serem seguidas por quem tem Rinite Alérgica, dentre elas:

Controle Ambiental

1- Controle do leito (cama). Este é sem dúvida o mais importante. A cama, e em especial a região que repousamos a cabeça, geralmente o travesseiro, são os responsáveis por mais de 50% de reservatório do ácaro, por isso é necessário forrar o colchão e o travesseiro com tecido impermeabilizante, e limpá-los freqüentemente (medida fundamental). Trocar constantemente o lençol e fronha.

2- Deve-se permanecer boa parte do tempo ao livre, evitando lugares úmidos e fechados, mantendo a casa e em especial o quarto de dormir bem arejado e se possível ensolarado.

3- Evitar cortinados, cortinas, carpetes, tapetes, almofadas e cobertores de lã que geralmente acumulam muita poeira.

4- Roupas, livros, brinquedos e outros objetos fora de uso contínuo devem permanecer guardados.

5- Evitar o contato com odores fortes como desinfetantes, inseticidas, tintas, ceras, fragrâncias como perfumes e talcos e cigarro.

Lavagem nasal

Apresenta-se também como medida de prevenção e alívio na Rinite Alérgica a lavagem nasal (aplicação com soro nas narinas) com Soro Fisiológico a 0,9% de uso interno pela manhã e a noite, com finalidade de eliminar alergenos como a poeira, que geralmente estão aderidas as vibrissias (pêlos nasais) e ao muco nasal, o processo se dá simplesmente pela ação mecânica da lavagem.

Tratamento Medicamentoso

Existem inúmeros medicamentos para alívio, controle e até coadjuvantes na prevenção da Rinite. Dentre eles se destacam os anti-histamínicos, os descongestionantes, corticóides, e outros que devem ser usados sempre com orientação médica pois a melhor terapêutica medicamentosa, vai depender de vários fatores como idade do paciente, intensidade e periodicidade dos sintomas e custo do tratamento.

Imunoterapia

A imunoterapia é o método terapêutico de escolha em Rinite Alérgica para os indivíduos que não tiveram melhora satisfatória a um bom controle ambiental. Quando bem indicado e o indivíduo se propõe a realizá-lo apresenta resultado muito satisfatório.

Principais Complicações da Rinite Alérgica

O nariz é o órgão que prepara o ar inalado através de filtração, umidificação e aquecimento. Na Rinite Alérgica estes mecanismos estão alterados, podendo proporcionar alterações em outros órgãos desencadeando ou intensificando outras doenças como Sinusite, Otites Médias, Rinofaringites e Infecções de Vias Aéreas Inferiores.

Um comentário: