segunda-feira, 8 de março de 2010

CONGRESSO MUNDIAL DE ALERGIA-ARGENTINA 2009

O XXI Congresso Mundial de Alergia foi realizado em Buenos Aires de 6 a 10 de dezembro.
Com a participação de cerca de 3000 Alergologistas de todo mundo,foram debatidos inumeros
temas como:Rinite Alergica , Asma , Dermatite Atópica , Alergia à medicamentos e com grande destaque foi discutido os novos trabalhos sobre Alergia Alimentar , tema que vem sendo alvo
de muita pesquisa e grande interesse de médicos e pacientes.

domingo, 7 de março de 2010

RONCOS


Ronco Noturno, traz sérios problemas à saúde!

Uma noite “mal dormida” traz conseqüências desastrosas para o dia seguinte: mal humor, cansaço, dor de cabeça, dificuldade de concentração, sonolência diurna, queda na produtividade de trabalho. Várias noites “mal dormidas” trazem conseqüências desastrosas para a saúde em geral: pode afetar até mesmo o coração e o cérebro.
De 2 a 3% da população adulta sofre com roncos noturnos, que atrapalham o sono. O problema é mais freqüente entre os homens, principalmente os obesos e tende a piorar com o avançar da idade.
Em estágios avançados o ronco torna-se Apnéia Obstrutiva do Sono que pode causar problemas cardíacos, pulmonares e até mesmo cerebrais.
Além dos problemas sobre a saúde de quem ronca, o ronco causa constrangimento social, principalmente entre aqueles que dormem no mesmo quarto e até mesmo entre os que habitam a mesma casa. Estima-se que a intensidade do ronco possa atingir 60 a 80 decibés e chegar até 6 metros da fonte emissora, atrapalhando o sono de quem está no mesmo cômodo e até em outros.
O ronco é o resultado de vários fatores que atuam separadamente ou em conjunto:
- Flacidez das estruturas da faringe (palato mole, úvula, base da língua, músculos faríngeos, amígdalas aumentadas).
- Acúmulo de gordura submucosa faríngea, em obesos.
- Obstrução das vias aéreas superiores (desvio de septo nasal, pólipos nasais, hiperdesenvolvimento de cornetos nasais, rinite alérgica, aumento de adenóides, sinusites)
O ronco em crianças pode ser devido a obstrução das vias aéreas superiores, geralmente causando uma respiração bucal, cujos fatores implicados são aumento de adenóides e amígdalas, aumento das estruturas nasais no caso de rinites alérgicas e sinusite.
Todos esses fatores agindo isoladamente ou combinados, vão obstruir a via aérea superior durante o sono, que por sua vez é o momento de relaxamento, favorecendo a flacidez das estruturas faríngeas provocando o ronco.
O diagnóstico é feito pelo Médico Otorrinolaringologista que determinará os fatores de obstrução respiratória de cada caso, através do exame físico, vídeonasolaringoscopia com fibra ótica e exames mais sofisticados como a polissonografia.
Medidas como perda de peso, dieta isenta e álcool e gordura em excesso, baixa ingesta de líquidos à noite, posição lateral para dormir e elevação da cabeceira da cama, ajudam bastante mas não resolvem o problema definitivamente.
A cirurgia, Uvulopalatofaringoplastia, quando bem indicada, traz resultados positivos, principalmente quando aliada às medidas de mudança no estilo de vida, tratamento da alergia respiratória, obesidade, quando presentes.
Terapêutica modernas, como o CPAP, melhoram a qualidade de vida do paciente e evita complicações cardiovasculares e neurológicas pela falta de oxigenação.

RESPIRADOR BUCAL


Porque seu filho em quase todas as fotografias aparece de boca aberta?


O ser humano nasceu para respirar pelo nariz, onde o ar inspirado será filtrado, aquecido e umidificado, pois quando isso não acontece o ar poderá tornar-se agressivo para os pulmões.
Há inúmeras causas para a respiração bucal, dentre elas destacam-se:
1- Aumento severo de adenóides.
2- Aumento severo de amígdalas.
3- Rinite com aumento severo das conchas nasais.
4- Desvio de septo nasal
5- Polipose nasal e outros tumores
6- Macroglossias (língua grande) e outras causas menos comuns.

Dentre as citadas, as principais são hipertrofia (aumento) de Adenóides e/ou Amígdalas e Rinite Crônica com destaque para Rinite Alérgica.
As principais conseqüências da respiração bucal são: alterações crânio-faciais, como face alongada, boca aberta, palato ogival, mandíbula caída e alterações da oclusão dentária. O respirador bucal dorme mal, come mal e consequentemente terá um atraso no seu desenvolvimento. Geralmente apresenta-se de boca aberta nas fotos e no cotidiano, dorme com a boca aberta e ronca. e em casos mais graves apresenta apnéia do sono, a chamada parada respiratória que tanto assusta aos pais.
O tratamento pode ser clínico no caso das Rinites ou cirúrgico no caso de aumento severo de Adenóides e Amígdalas, ou clínico e cirúrgico quando necessário.
Em muitos casos há necessidade de um atendimento multidisciplinar, com participação de Otorrinolaringologista, Alergista, Ortodontista e Fonoaudiólogo.
Consulte um Otorrinolaringologista para diagnóstico precoce!

RINITE ALÉRGICA


Tema de grande importância no âmbito mundial, já que 1/5 da população do planeta e mais especificamente cerca de 20 milhões de brasileiros, sofrem de certo grau desta doença.
Nos últimos anos, inúmeros pesquisadores estão dedicando-se em conhecer mais sobre esta doença, a fim de proporcionar tratamentos ainda mais eficazes. É de se salientar que a Rinite Alérgica é uma doença crônica, onde o melhor tratamento é o que visa o seu controle e prevenção.
No Brasil a Rinite Alérgica está presente o ano todo, denominada de forma Perene, enquanto na América do Norte e Europa predomina a forma Sazonal, onde a Rinite apresenta-se principalmente em determinadas estações do ano.
Os sintomas principais são a coriza, a coceira nasal (prurido), nariz entupido (obstrução nasal), crises de tosse e espirros como principais aliados. Tem íntima relação com a predisposição familiar, meio ambiente e forma de vida do indivíduo, apresentando como causa específica a presença de alergenos, destacando a poeira domiciliar, o ácaro, o fungo, pêlo de animais como o gato e cão e pólens em algumas regiões.

Tratamento e prevenção

O melhor tratamento é sempre o mais eficaz, o mais inócuo (menos efeito colateral) e o de menor custo, portanto o melhor tratamento é a Prevenção, destacando-se o Controle Ambiental.
O controle ambiental tem como objetivo eliminar a exposição aos alergenos inalantes. O domicílio, local de trabalho e escola são, na maioria das vezes os locais onde encontram-se os desencadeantes da Rinite Alérgica. São várias as recomendações a serem seguidas por quem tem Rinite Alérgica, dentre elas:

Controle Ambiental

1- Controle do leito (cama). Este é sem dúvida o mais importante. A cama, e em especial a região que repousamos a cabeça, geralmente o travesseiro, são os responsáveis por mais de 50% de reservatório do ácaro, por isso é necessário forrar o colchão e o travesseiro com tecido impermeabilizante, e limpá-los freqüentemente (medida fundamental). Trocar constantemente o lençol e fronha.

2- Deve-se permanecer boa parte do tempo ao livre, evitando lugares úmidos e fechados, mantendo a casa e em especial o quarto de dormir bem arejado e se possível ensolarado.

3- Evitar cortinados, cortinas, carpetes, tapetes, almofadas e cobertores de lã que geralmente acumulam muita poeira.

4- Roupas, livros, brinquedos e outros objetos fora de uso contínuo devem permanecer guardados.

5- Evitar o contato com odores fortes como desinfetantes, inseticidas, tintas, ceras, fragrâncias como perfumes e talcos e cigarro.

Lavagem nasal

Apresenta-se também como medida de prevenção e alívio na Rinite Alérgica a lavagem nasal (aplicação com soro nas narinas) com Soro Fisiológico a 0,9% de uso interno pela manhã e a noite, com finalidade de eliminar alergenos como a poeira, que geralmente estão aderidas as vibrissias (pêlos nasais) e ao muco nasal, o processo se dá simplesmente pela ação mecânica da lavagem.

Tratamento Medicamentoso

Existem inúmeros medicamentos para alívio, controle e até coadjuvantes na prevenção da Rinite. Dentre eles se destacam os anti-histamínicos, os descongestionantes, corticóides, e outros que devem ser usados sempre com orientação médica pois a melhor terapêutica medicamentosa, vai depender de vários fatores como idade do paciente, intensidade e periodicidade dos sintomas e custo do tratamento.

Imunoterapia

A imunoterapia é o método terapêutico de escolha em Rinite Alérgica para os indivíduos que não tiveram melhora satisfatória a um bom controle ambiental. Quando bem indicado e o indivíduo se propõe a realizá-lo apresenta resultado muito satisfatório.

Principais Complicações da Rinite Alérgica

O nariz é o órgão que prepara o ar inalado através de filtração, umidificação e aquecimento. Na Rinite Alérgica estes mecanismos estão alterados, podendo proporcionar alterações em outros órgãos desencadeando ou intensificando outras doenças como Sinusite, Otites Médias, Rinofaringites e Infecções de Vias Aéreas Inferiores.